Pesquisa apresenta números assustadores de preconceito contra mulheres

Pesquisa apresenta números assustadores de preconceito contra mulheres

O levantamento foi feito em 80 países e abrange mais de 85% da população mundial 

Gustavo Frutuoso

Nesta segunda-feira (12), um estudo do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou uma pesquisa que apresenta números preocupantes de sexismo praticado na sociedade contra as mulheres. Segundo o levantamento, cerca de 90% da população mundial tem algum tipo de preconceito contra o sexo feminino. 

A pesquisa do Programa foi realizada em 80 países e abrange mais de 85% da população mundial. Para a elaboração do levantamento, foram analisadas as questões de integridade física, educacional, política e econômica, onde tudo se baseia no preconceito sofrido por mulheres dentro da sociedade. 

Quando olhamos para o Brasil, cerca de 84,5% das pessoas têm, pelo menos, um tipo de preconceito contra as mulheres. Sendo o pior indicativo a integridade física, quando são avaliadas a violência íntima e o direito à decisão de querer ou não ter filhos. Segundo o PNUD, 75,56% dos homens e 75,79% das mulheres têm esse preconceito. 

No trabalho, 31% dos brasileiros acreditam que os homens teriam mais direito ao trabalho do que as mulheres ou que os homens fazem melhores negócios. No âmbito político, 39,91% das pessoas veem que as mulheres não são tão boas políticas como os homens. 

Além disso, essa mesma porcentagem acredita que as mulheres possuem menos direitos que o sexo masculino. Apenas na educação existe o menor índice desta pesquisa, segundo o levantamento, apenas 9,59% acreditam que a universidade é mais importante para o homem do que para a mulher. 

O Brasil apresentou um aumento em relação a brasileiros que não possuem preconceito contra as mulheres, cerca de 15,5%. Ao compararmos com 10 anos atrás, em 2012 (10,2%), o país cresceu 5,3%. Quando comparado com outros países, o Brasil tem resultados parecidos com Guatemala, Romênia, Eslováquia, Trinidad e Tobago, México e Chile. 

O PNUD utiliza os dados do World Values Survey (WVS) para calcular os índices de normas sociais de gênero, que visam medir as crenças sobre igualdade de gênero em termos de capacidades e direitos. No Brasil, a pesquisa contou com a participação de 1762 pessoas. Essa amostra representa uma média semelhante às pesquisas nacionais realizadas por institutos como Datafolha e Ipec, por exemplo.

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