Ativista paquistanesa Malala visita o Brasil 

Ativista paquistanesa Malala visita o Brasil 

Malala estava no Rio de Janeiro participando de encontros onde conversou sobre pautas importantes

Gustavo Frutuoso 

Durante sua visita ao Brasil, a ativista e escritora Malala Yousafzai enfatizou a importância do acesso universal à educação e ressaltou que a escola não deve ser um lugar de medo, diante das cenas de violência ocorridas em instituições de ensino no país. 

Malala está no Rio de Janeiro pela segunda vez, onde fez o discurso de abertura do evento Ler – Salão Carioca do Livro, na noite desta segunda-feira (22/5). Como a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, ela foi vítima de um ataque do regime extremista Talibã em 2012, quando tinha apenas 15 anos e estava a caminho da escola, no Vale do Swat, no Paquistão. Desde então, tornou-se uma porta-voz dos direitos das mulheres e do acesso à educação.

“A escola não deveria ser um lugar de medo. As pessoas deveriam se sentir protegidas quando vão para a escola e voltam para suas casas”, declarou ela em uma entrevista ao Fantástico. 

Ao ser questionada sobre os episódios de violência ocorridos nas escolas localizadas em comunidades do Rio de Janeiro, Malala exigiu a participação das lideranças do país e ações globais em eventos que abordam a segurança dos estudantes.

“Gostaria que todos os líderes se juntassem a mim para ouvir os alunos e professores que estão levantando essa questão importante. E espero que não tenhamos mais notícias como essas. A escola deveria ser um espaço seguro para todos”, enfatizou ela.

Malala participou do evento de abertura do Salão do Livro, no Maracanãzinho, onde falou para uma plateia de 8 mil pessoas, incluindo professores, estudantes, ativistas, produtores culturais e membros de projetos de educação voltados para meninas e mulheres.

“Toda mulher tem uma história singular e algo para compartilhar com o mundo. Minha história não é única, poderia ser a história de qualquer garota do Vale do Swat, no Paquistão”. No entanto, ela chamou a atenção para os baixos índices de qualidade da educação em casos de minorias brasileiras, como aldeias indígenas e comunidades quilombolas. 

“Devemos ter um investimento completo e uma educação inclusiva para todas as pessoas, para que nenhuma menina seja deixada para trás, independentemente de sua origem. A mudança é possível e somos nós que podemos torná-la realidade”, reforçou ela.

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