Pela terceira vez, Lula sobe a rampa e toma posse como presidente da República

Pela terceira vez, Lula sobe a rampa e toma posse como presidente da República

Petista entra para a história ao ser eleito novamente para o cargo

Gustavo Frutuoso

Na tarde deste domingo (1), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou posse em Brasília. Lula esteve acompanhado da primeira-dama, Janja Silva, e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Para chegar ao Palácio do Planalto, Lula fez o caminho no tradicional Rolls Royce presidencial. Por lá, Lula se encontrou com os deputados do Congresso e realizou um discurso. 

“Pela 3ª vez compareço a este Congresso Nacional para agradecer ao povo brasileiro o voto de confiança que recebemos. Renovo o juramento de fidelidade à Constituição da República, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros que conosco vão trabalhar pelo Brasil.

Se estamos aqui é graças à consciência política da sociedade brasileira e à frente democrática que formamos. Foi a democracia a grande vitoriosa, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu; as mais violentas ameaças à liberdade do voto.

Ao retornar a este plenário da Câmara dos Deputados, onde participei da Assembleia Constituinte de 1988, registro com emoção os embates que travamos aqui, democraticamente, para inscrever na Constituição o mais amplo conjunto de direitos sociais, individuais e coletivos.

Quando fui eleito presidente pela 1ª vez, ao lado de José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra “mudança”. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. O direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação.

Disse, naquela ocasião, que a missão de minha vida estaria cumprida quando cada brasileiro e brasileira pudesse fazer 3 refeições por dia. Ter de repetir este compromisso no dia de hoje é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país nos anos recentes”, destacou Lula.

Além disso, o petista voltou a falar que a grande vitoriosa nessas últimas eleições foi a democracia. “O mandato que abraçou, frente aos adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências.

Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”

Ao subir a rampa do Palácio do Planalto, Lula protagonizou uma das cenas que ficará eternizada em toda a história desse país. Já que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), não iria passar a faixa presidencial, uma tradição em todas as eleições, Lula e sua equipe convidaram representantes da população para realizar o ato. 

Por fim, Lula discursou para a população e apoiadores que estavam em frente ao Palácio. Em mais um discurso bem pontuado, o presidente voltou a afirmar que governará para todos.

“Quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado.

A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de retomarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras. O povo brasileiro rejeitou a violência de uma pequena minoria.

Repito o que disse no meu pronunciamento após a vitória em 30 de outubro, sobre a necessidade de unir o nosso país. Não existem dois brasis. Somos um único país, uma grande nação. Somos todos brasileiros e brasileiras, e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca”, destacou Lula.

Estiveram presentes na posse os presidentes de Portugal, Argentina, Alemanha, Colômbia, Uruguai, Equador, Espanha, Bolívia, Chile, Paraguai, Guiana, Suriname, Honduras, Togo, Peru, Guiné Bissau, Timor Leste, Cabo Verde, Zimbábue e Angola.

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