Violência sexual por médicos em mulheres são recorrentes no Brasil

Violência sexual por médicos em mulheres são recorrentes no Brasil

Além de Giovanni Quintella Bezerra, Roger Abdelmassih e Renato Kalil foram denunciados por algum tipo de violência à pacientes

Gustavo Frutuoso

Preso em flagrante por estuprar uma mulher durante trabalho de parto, Giovanni Quintella, entra para uma estatística estarrecedora que o Brasil enfrenta. Entre 2015 e 2021, o Rio de Janeiro tem 177 denúncias de abuso sexual em hospitais.

Em média, uma pessoa é abusada a cada duas semanas em alguma unidade de saúde nos últimos sete anos. As cidades que mais possuem casos são o Rio de Janeiro (80), Niterói (18), Duque de Caxias (12), São João do Meriti e São Gonçalo (6). Nestes casos, a maioria dos abusos foram feitos contra mulheres (147).

Também aparecem no levantamento: homens (24), crianças até 13 anos (37), adolescentes entre 14 e 17 (10), e idosos (5).

Roger Abdelmassih, médico e principal nome da fertilização in vidro no país. Hoje, cumpre pena por 56 estupros cometidos entre 1995 e 2008 em pacientes. Roger estuprava as vítimas enquanto estavam sedadas durante a fertilização.

Há poucos meses, em dezembro de 2021, a influenciadora Shantal Verdelho acusou Renato Kalil, médico obstetra, por violência obstétrica.  Em vídeos vazados na internet, o médico aparece xingando e humilhando Shantal durante o parto de sua filha.

Após a denúncia da influenciadora se tornar pública, três mulheres relataram terem sido vítimas de abuso do médico Renato Kalil.

O jornal online The Intercept, expôs um levantamento em 2019 onde mostra que 1,734 casos de violência sexual em ambientes de saúde foram registrados entre 2014 e 2019.

Embora já tenham matérias, denúncias e dados sobre violência sexual no Brasil, este número ainda é menor do que a realidade. Visto que, apenas 10% dos casos de estupros são registrados no país.  

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