Carnaval em São Paulo: Escolas de Samba entregam valorização das culturas presentes em nosso país 

Carnaval em São Paulo: Escolas de Samba entregam valorização das culturas presentes em nosso país 

Grupo Especial se dividiu nos desfiles de sexta-feira (17) e no sábado (18)

Gustavo Frutuoso

As escolas de samba de São Paulo realizaram um lindo desfile no sambódromo do Anhembi entre as madrugadas da última sexta-feira (17) e sábado (18). Se dividindo em dois grupos de sete, o samba tomou conta da avenida com a valorização das múltiplas culturas que existem no Brasil. 

Começando a noite, a Independente Tricolor trouxe a cultura grega para a avenida, fazendo uma comparação entre a Guerra de Troia com as lutas diárias da própria escola, a Independente entregou um lindo desfile com um duelo de deuses, o exército espartano, o deus da guerra e um gigantesco cavalo de troia no fim. 

A Acadêmicos do Tatuapé homenageou a cidade de Paraty, localizada no Rio de Janeiro. Na comissão de frente, a escola colocou um sereia de olhos brancos, a Ala das Baianas trazia muito dourado nas fantasias, remetendo que a cidade foi caminho do ouro no passado. 

Com a chuva na avenida, a Barroca Zona Sul contou a história da tribo indígina originária do Pantanal, Guaicurus. Um povo guerreiro, a escola conseguiu transmitir bem isso no Anhembi, com os carros apresentando um grande indígena empunhando uma lança em defesa do povo. 

Trazendo a história do bairro e da própria escola, a Unidos de Vila Maria apresentou o enredo Vila Maria. Minha Origem. Minha Essência. Minha História! A escola trouxe um bonde, a Igreja da Candelária e homenageou o piloto Ayrton Senna e o jogador Dener na avenida. 

A Rosas de Ouro trouxe em seu samba enredo o respeito e a busca por igualdade racial em nossa sociedade. Em seu carro abre alas, a escola apresentou um navio negreiro, navegação que trazia pessoas negras para serem escravizadas no país. 

O desfile ainda homenageou personalidades pretas como Glória Maria, Pelé, Pixinguinha, Machado de Assis, Aleijadinho, Gilberto Gil, Leci Brandão e Emicida, que serviu como inspiração para a criação do samba enredo com sua música AmarElo. 

Trazendo a referência para as Mães Pretas Ancestrais, a Tom Maior lembrou da importância materna, por meio da criação, ensinamentos, guia, força, respeito e devoção.

Finalizando o primeiro dia de desfile, a Gaviões da Fiel foi para avenida logo pela manhã para apresentar seu samba-enredo “Em Nome do Pai, dos Filhos, dos Espíritos e dos Santos, Amém”. A escola trouxe a lembrança para a espiritualidade e homenageou Chico Xavier. 

A segunda noite de desfile em São Paulo começou com a Estrela do Terceiro Milênio trazendo a comédia para a avenida. A escola passou pelo humor inglês com fantasias da pantera cor de rosa, por Chaplin e Chaves, chegando ao Brasil com o humorista Marcelo Adnet no Anhembi e uma linda homenagem a Paulo Gustavo. 

Com malandragem, a Acadêmicos do Tucuruvi trouxe para o desfile a homenagem ao cantor e compositor, Bezerra da Silva. 

Atual campeã do carnaval, a Mancha Verde veio para a avenida mostrando tradições do sertão do pernambuco, como passos do xaxado, um boneco gigante de Luiz Gonzaga e um carro abre-alas que mostrava o Padre Cícero. 

Evidenciando a música africana, a Império de Casa Verde levou para o Anhembi expressões de religiosidade, tradição, cultura e a música originada da África no desfile. A escola homenageou personalidades como Dona Ivone Lara e Elza Soares. 

Viajando até o Japão, a Mocidade Alegre contou a história que o país asiatico tem junto com a África, falando sobre o samurai Yasuke, que saiu da África até o Japão e virou um guerreiro. 

Finalizando o desfile, a Águia de Ouro trouxe um samba-enredo chamado “Um Pedaço Do Céu”, o carro abre-alas mostrou uma visão com um mundo encantado, com bailarinas em um carrossel. A escola ainda aproveitou para mostrar a força feminina. 

Por fim, a Dragões da Real trouxe a Paraíba para a São Paulo chuvosa. Mostrando a praia, artesanato, xaxado e o cariri, a escola apresentou um samba-enredo chamado “Paraíso Paraibano – João Pessoa, A Porta Do Sol Das Américas”.

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