Em meio a transição, presidente eleita da OAB de São Paulo, prepara ações para seu mandato

Patrícia Vanzolini se reuniu com o Governador de São Paulo, João Dória

Texto: Gabriel Rezende

A advogada Patrícia Vanzolini foi a primeira mulher a ser eleita presidente da Secção de São Paulo da OAB. A entidade foi fundada em 1932, e desde então, nenhuma mulher havia chegado a esse posto. Assim, aos 49 anos, chega ao mandato vencendo o atual presidente da Ordem, Caio Augusto Silva dos Santos, com 35,80%, eleita pela chapa “Muda OAB/SP”.

Agora presidente da entidade, Patrícia já prepara uma transição de governo. Dessa forma, ela assume a OAB no dia 01 de janeiro, e terá um mandato até dezembro de 2024. No entanto, apesar de ainda não ter assumido oficialmente o cargo, ela já começa a fazer algumas movimentações importantes para a entidade.

Recentemente, Patrícia Vanzolini se reuniu com o governador de São Paulo, João Dória. Entre as pautas da conversa, está a tentativa de viabilizar a cooperação entre a Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP e a Secretária de Administração Penitenciária, com o objetivo de fazer uma grande avaliação das prisões do Estado.

Além disso, Patrícia entregou um ofício a Dória, no qual requer um reajuste de honorários para advogados que prestam assistência judiciária à população vulnerável. Outra pauta da reunião foi uma tentativa de acordo propondo que advogados da Ordem fizessem plantões remunerados em Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher.

Por fim, um outro pedido de Patrícia foi a instalação de salas e espaços para apoio à advocacia em delegacias, com o objetivo de oferecer melhor atendimento de pessoas conveniadas à OAB-SP.

Além do governador João Dória, a presidente da secção de São Paulo também se reuniu com o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, o deputado Carlão Pignatari.

Entre as pautas, Patrícia declarou que demandas para a advocacia serão prioritárias para sua gestão. Além disso, ela entregou um ofício, pedindo a aprovação do projeto que define como falta grave a violação de prerrogativas profissionais da advocacia por servidor público estadual.

Outro assunto debatido no encontro, foi a solicitação para formar uma frente parlamentar de advocacia na ALESP, além de uma sala da OAB-SP dentro da Assembléia.

Por fim, outra reunião importante de Patrícia Vanzolini foi com o presidente eleito do Tribunal de Justiça do Estado, Ricardo Anafe, e do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Dimas Ramalho.

Em entrevista ao Portal IG, Patrícia Vanzolini comentou sobre alguns de seus objetivos e metas que a advogada tem para a OAB. “A Ordem tem um lugar jurídico que não é nem público nem privado, então consegue reunir todos os vícios do serviço público e do serviço privado e nenhuma virtude. Ela precisa apoiar a advocacia, que está muito abandonada ultimamente com essa gestão”, declarou a presidente eleita.

Além disso, Patrícia ressaltou que a OAB deve ser um órgão isento politicamente. Assim, a entidade deve ficar distante dos partidos políticos e de partidários, dessa forma, tal ação preservaria a imagem da instituição.