Hora da verdade: Lula e Bolsonaro chegam fortalecidos para o segundo e decisivo turno
Candidatos aproveitam para trocarem farpas por comerciais, redes sociais e em debates
Gustavo Frutuoso
Responsáveis pela grande polarização existente no país, os candidatos Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PT), veem para a reta final de segundo turno com sua base fortalecida e buscando os últimos votos para a vitória.
Liderando as pesquisas de intenção de votos desde o começo das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua campanha em seu berço, São Bernardo do Campo. Estando ao lado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), Lula andou pelo centro da cidade até a Igreja Matriz.
Outrossim, após os resultados de primeiro turno, onde confirmaram a ida do petista com Jair para o segundo turno. Lula acabou recebendo o apoio de Simone Tebet, terceira colocada, e do PDT, partido do quarto colocado nas eleições, Ciro Gomes.
Sendo considerada uma vitoriosa nessa corrida eleitoral, a senadora Simone Tebet saiu de uma desconhecida para uma candidata forte, respeitada e que recebeu quase 5 milhões de votos.
“Não anularei meu voto, não votarei em branco, não cabe a omissão da neutralidade. Há um Brasil a ser imediatamente reconstruído, há um povo a ser novamente reunido, reunido na diversidade, antes e sempre a nossa maior riqueza. Hoje, esmigalhada por todos os tipos de descriminação.
Nos últimos quatro anos o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina, a arma ocupou o lugar dos livros, a iniquidade fez curvar a esperança, a mentira feriu a verdade.
O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada, o conceito de humanidade foi substituído pelo desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome, o orçamento antes público, necessário para servir o povo tornou-se secreto e privado.
Por tudo isso, ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, especial nos seus últimos dias de campanha, quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas concretas para os reais problemas do Brasil, depositarei nele o meu voto.
Porque reconheço o seu compromisso com a democracia e a constituição, o que desconheço no atual presidente.” Disse Simone Tebet.
Tendo uma base forte de apoiadores, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, procurou buscar apoio em políticos que conversam mais com sua ideologia, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Além de personalidades, como os cantores Gusttavo Lima e Leonardo.
Na região do Grande ABC, Bolsonaro recebeu o apoio de Orlando e Carla Morando, prefeito e primeira-dama de São Bernardo. “Nós tomamos essa decisão em apoiar o presidente Bolsonaro e Tarcísio (candidato ao governo de SP) porque todos vocês sabem a terra arrasada que eu peguei quando eu fiz a sucessão do PT. Eles destruíram o Brasil, destruíram São Bernardo do Campo, e eu jamais vou apoiar quem destruiu a nossa cidade e o nosso país”. Declarou Orlando.
Segundo a pesquisa Ipec, Lula tem 50% dos votos, Bolsonaro 43% e Branco/Nulo 5%. Ambos os candidatos devem participar do último debate realizado pela Rede Globo antes das eleições.