Conselho dos Direitos das Mulheres de Diadema inicia nova gestão

Conselho dos Direitos das Mulheres de Diadema inicia nova gestão

Representantes eleitas tomaram posse em cerimônia realizada, na Câmara Municipal; Enfrentamento a violência, efetividade de políticas públicas e defesa dos direitos são algumas das áreas em que atua o colegiado

O Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (CMDM) de Diadema renovou suas representantes com a posse de 24 mulheres da sociedade civil e poder público como membros do conselho para a gestão 2023-2025. A cerimônia foi realizada na Câmara Municipal.

Durante a abertura, a vice-prefeita Paty Ferreira ressaltou o compromisso da gestão na pauta de direitos femininos. “É um momento importante e que, cada vez mais, a gente precisa se unir para que todas as políticas e os direitos das mulheres sejam reconhecidos e colocados em prática. Fico grata por estar numa gestão que tem esse olhar, que respeita e que faz com que as coisas de fato possam acontecer. A cidade tem uma Patrulha Maria da Penha e coordenadorias de políticas públicas para mulheres, para diversidade LGBTQIA+ e igualdade racial. Isso é sinal que a gestão está disposta a debater e levantar essas pautas para mudar a situação”, afirmou.

Para a responsável pela Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CPPM) de Diadema, Sheila Onório, a participação popular garante que as ações estejam em consonância com as demandas do público feminino. “Nós precisamos estar juntas para garantir que as políticas públicas vão ser implementadas”. E completa: “Assumimos o Conselho comprometidas com o fortalecimento dos direitos femininos e a promoção da igualdade de gêneros. Reconhecemos os desafios existentes, focaremos em criar um ambiente inclusivo em que todas as vozes sejam valorizadas, e destacamos a educação como ferramenta transformadora para capacitar as mulheres em seus objetivos pessoais e profissionais”.

A cerimônia ainda contou com a participação da vereadora Lilian Cabrera e a presidente do Conselho, Leda Silva, que acolheu e incentivou as novas integrantes durante sua fala inicial. “Fico feliz quando estou entre mulheres que querem lutar. Quero ressaltar a importância de cada um na construção das ações e a imensa responsabilidade de participação e fortalecimento do Conselho”, reforçou.

Maria Luzilândia Rocha de Oliveira é representante do Sindicato dos Químicos do ABC e foi eleita, pela primeira vez, integrante do conselho. “Vou aprender e levar as informações para outras mulheres. Nós sofremos muito abusos, na empresa, na rua, em vários lugares”.

Já a Manuet’o Dandaominrewá, também conhecida como Mãe Márcia de Oxum, representante do segmento religioso de matriz africana, participa do CMDM pela segunda vez. “Me sinto muito honrada por mais uma oportunidade. Tudo que é acolhido no conselho é voltado para dentro do abassa (templo), da minha casa, para comunidade e, principalmente, para as mulheres que não sabem de seus direitos ou a quem recorrer”. Ela avalia que os enfrentamentos são necessários para evitar as situações de violência. “Vamos agregando forças umas com as outras para um bem maior. Somos agentes transformadores da sociedade, mas precisamos aprender e desconstruir a criação que foi passada, o medo do que não se conhece, o julgamento, e praticar o aprendizado para a evolução”, completa.

Violência

A representante do setor legislativo destacou iniciativas como a Casa Beth Lobo e a Patrulha Maria da Penha como fundamentais para o enfrentamento da violência doméstica, presente ainda em todas as classes sociais. Ela ainda pontuou que essa é uma luta de todos.

“Vamos seguir, defendendo a vida e sabendo que mulher pode estar onde ela quiser. Os homens que quiserem vir junto conosco são bem vindos. Nós só não gostamos dos homens que violam os nossos direitos e nos desrespeitam. Vai chegar um tempo em que mulher vai parar de morrer apenas porque escolheu tomar um caminho na vida que não é aquele que o agressor queria que ela escolhesse”, ressaltou Lilian.

Conselho

As conselheiras foram eleitas na 10ª Conferência, realizada em 2 de dezembro de 2023. Ao todo, o Conselho Municipal possui 46 membros, titulares e suplentes, sendo metade da sociedade civil e as demais do setor público.

O grupo se reúne mensalmente. Ainda neste mês, as novas representantes vão se encontrar para definir a mesa diretora, composta por presidenta, vice-presidenta, 1ª secretária e 2ª secretária, e o calendário anual de atividades do conselho.

Atuação

O Conselho Municipal de Direitos das Mulheres é um órgão permanente que tem o compromisso de deliberar, fiscalizar, monitorar e avaliar políticas públicas para as mulheres. Pautas como violência, trabalho, emprego e renda, educação, cultura, esportes, segurança pública e saúde são discutidas com o objetivo de buscar a garantia de igualdade de direitos entre homens e mulheres.

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